segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O parquinho



Queria que essa história fosse sobre alguma coisa realmente importante. Algo que falasse dos problemas do mundo e que propusesse soluções. Entretanto, na verdade, ela é simplesmente sobre um parquinho. Aqueles onde as crianças brincam. Eu mesmo já brinquei lá várias vezes. Lembro-me de sempre preferir o balanço, era como dançar. De um lado pro outro ao som de um jazz cativante que te faz apaixonar. O amor, um caso a parte, também era como jazz e por incrível que pareça como aquele balanço. E eu digo isso porque nesse parquinho, eu me deixei envolver por esse amor, o amor de alguém que me fez voar. Mais do que isso, dançar entre as estrelas e ter um dos melhores momentos da minha vida.
A vida é feita desses pequenos momentos e é disso que aquele parquinho é feito. Pais e filhos cuidando e sendo cuidados. O vento que bate no seu rosto em um balanço. O frio na barriga de uma gangorra. Os pensamentos ou falta deles que um escorrega representa. Um castelo de areia, de sonhos.  Todos esses são momentos que podem ou não ser esquecíveis. Talvez, tenhamos uma vida de nenhuma grande realização, sem nada aparentemente especial, mas, são momentos assim que nos fazem ter uma vida feliz, momentos que nos fazem voar. Por esse motivo, eu tenho muitas razões para acreditar que aquele parquinho é mágico. Ele é capaz de transformar dias ruins em bons, choros em sorrisos e tédio em diversão. Não sei como passaria pela infância sem ele e nem como as outras pessoas conseguem.             
 A verdade é que vivemos em um mundo cheio de surpresas, e felizmente, nem sempre elas são ruins. Aquele parquinho e o tempo lá passado são algumas dessas surpresas. E os pequenos e lindos momentos que guardamos são uma prova de amor, que garantem a felicidade; duas das coisas mais fundamentais da vida. Apesar de tudo, no final, acho que encontramos a solução dos problemas, o bom e velho amor.

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