Queria que
essa história fosse sobre alguma coisa realmente importante. Algo que falasse
dos problemas do mundo e que propusesse soluções. Entretanto, na verdade, ela é
simplesmente sobre um parquinho. Aqueles onde as crianças brincam. Eu mesmo já
brinquei lá várias vezes. Lembro-me de sempre preferir o balanço, era como
dançar. De um lado pro outro ao som de um jazz cativante que te faz apaixonar.
O amor, um caso a parte, também era como jazz e por incrível que pareça como
aquele balanço. E eu digo isso porque nesse parquinho, eu me deixei envolver
por esse amor, o amor de alguém que me fez voar. Mais do que isso, dançar entre
as estrelas e ter um dos melhores momentos da minha vida.
A vida é feita
desses pequenos momentos e é disso que aquele parquinho é feito. Pais e filhos
cuidando e sendo cuidados. O vento que bate no seu rosto em um balanço. O frio
na barriga de uma gangorra. Os pensamentos ou falta deles que um escorrega
representa. Um castelo de areia, de sonhos.
Todos esses são momentos que podem ou não ser esquecíveis. Talvez, tenhamos uma vida de nenhuma grande realização, sem nada aparentemente
especial, mas, são momentos assim que nos fazem ter uma vida feliz, momentos que
nos fazem voar. Por esse motivo, eu tenho muitas razões para acreditar que
aquele parquinho é mágico. Ele é capaz de transformar dias ruins em bons,
choros em sorrisos e tédio em diversão. Não sei como passaria pela infância sem
ele e nem como as outras pessoas conseguem.
A verdade é que vivemos em um mundo cheio de
surpresas, e felizmente, nem sempre elas são ruins. Aquele parquinho e o tempo
lá passado são algumas dessas surpresas. E os pequenos e lindos momentos que
guardamos são uma prova de amor, que garantem a felicidade; duas das coisas
mais fundamentais da vida. Apesar de tudo, no final, acho que encontramos a
solução dos problemas, o bom e velho amor.
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