terça-feira, 1 de setembro de 2015

Só o sol


Eu sinto mais falta do dia a dia porque eu não o tenho mais 
Escrevo sempre porque nada tenho mais
Nada tenho ainda
A diferença entre o antes e o depois é só uma linha

Não a cruzaria
Prefiro estar onde tudo ainda precisa ser resolvido
Onde nada do que já foi pode ser mudado
Como anda a vida em sua calmaria?

Não sinto mais as ondas
Ando anestesiada pela inércia do mar, talvez nem esteja mais nele
Procuro a beleza na vida parada
Confesso que é mais fácil a ver no movimento
Não sinto mais o barco, só o sol
Não sinto mais a brisa, só o sol
Não sinto mais a mim, talvez eu seja o sol

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